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Legislativas. PS ganha força e vence sem maioria absoluta

Numas eleições em que a direita sai derrotada e que reforçaram o Partido Socialista, António Costa quer alargar os entendimentos de governo ao PAN e ao LIVRE.

Numas eleições em que a abstenção voltou a bater recordes, com 45,5% dos eleitores a não exercer o seu direito de voto, o PS sai vitorioso com 36,65% dos votos. Há quatro anos, o partido teve 32,31% e elegeu 86 deputados; agora, a bancada parlamentar do PS terá 106 mandatos.


Ainda assim, não atinge a desejada maioria absoluta. Com um resultado “reforçado” e com “o

horizonte da próxima legislatura”, o líder do PS vai não só procurar reforçar os acordos com o BE e o PCP, mas também alargar esse entendimento político ao PAN e ao LIVRE. Partidos que reforçam também a sua posição: o primeiro cria um grupo parlamentar e o segundo entra pela primeira vez no Parlamento, juntamente com a Iniciativa Liberal e o LIVRE (com um deputado cada). Com a entrada do Chega no Parlamento, verifica-se a entrada da extrema-direita no Parlamento português.


No que toca aos outros partidos, destaca-se a redução substancial da bancada do PSD, com a eleição de 77 deputados (27,9%), ainda que Rui Rio tenha ultrapassado as expectativas que as sondagens apontavam.


O Bloco de Esquerda voltou a solidificar-se como a terceira principal força política em Portugal, mantendo a sua bancada parlamentar de 19 deputados (9,67%). A CDU, coligação entre o PCP e o PEV, fica-se pelos 6,46% e elege 12 deputados, sofrendo uma derrota pesada face às anteriores legislativas, em que tinha elegido 17.


Porém, a maior derrota da noite eleitoral foi a do CDS, que elege apenas cinco deputados (4,25%), face aos 18 das eleições anteriores — apesar de há quatro anos não ter sido contabilizada a percentagem de votos individual do partido de direita, tendo integrado a coligação Portugal à Frente com o PSD.


Por sua vez, em sentido contrário, o PAN sagra-se como um dos vitoriosos da noite, elegendo quatro deputados (3,28% dos votos).

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